A menina que matava caracóis

Filosofias úteis, inúteis e outras coisas que você pode não precisar.

Feito uma boiada

Eu voltava do escoteiro, estava no carro com a minha mãe. O rádio estava ligado, eu não prestava muita atenção. Mas, de repente, tocou uma música do Renato Russo – não sei o nome –  que me fez vigiar as palavras que saiam das caixas de som. Logo em seguida, veio uma música que me prendeu às suas notas. Procurei pela internet, perguntei pra Rê (meu guia de canções nacionais) e não achei o artista ou o título… Eu queria escrever o post ouvindo-a, mas agora estou ao som de Monster, da GaGa. -.-‘ De qualquer forma, a música passava uma mensagem muito bonita, sabe? Dizia sobre dois estranhos que trilhavam caminhos diferentes e se encontravam num ponto do trajeto. Um deles perguntava para o outro se ele tinha planos. Por sua vez, o andarilho respondia que tinha vários e que, se o colega quisesse, podia acompanhá-lo para ouvi-los no caminho. E os dois iam, juntos, por um mesmo feixe de terra. Até a hora que aquele que estava a contar os planos questiona: “mas eu ainda queria te perguntar: você não quer carregar a minha bagagem? Talvez eu tenha alguma coisa para te dar…”. Depois ele ofecereu a própria bagagem e é isso aí. A gente tem que cruzar, sim, os nossos caminhos. A gente tem que carregar, sim, a bagagem dos outros. Porque assim, mesmo que temporário, carregamos novas peças de roupas, novos objetos de valor pessoal, talvez algumas joias, livros, fotos, um passado diferente, um futuro influenciado. Precisamos disso em nossas vidas porque é, simplesmente, impossível viver sozinho. Não vou dizer quem, mas eu ando aconselhando uma pessoa que tem os problemas dela e tal. Acontece que é muito difícil de colocar alguma coisa na cabeça dessa pessoa. Ela é muito teimosa, acha que a vida está melhor assim, que remexê-la seria bobeira. Mas não é! Como diria o Tamaki: nós temos que estar aberto à novas experiências. Vamos lá! Carregue a mala do próximo! Afinal, você já não tem que carregar a sua? Já não tem que carregar alguma coisa de qualquer jeito? Pois bem! De repente o outro nem carrega tanta coisa! De repente ele carrega bastantes, mas estas são leves. Ou elas podem ser pesadas e te fazerem suar e cansar muito, mas, no final, valerá à pena. No final, o próximo te agradecerá de alguma forma. Ele carregará a sua bagagem. É fácil levar a vida. É fácil lidar com as coisas. Basta que você aprenda como. Lembre-se: você em primeiro lugar, querido. Ninguém nem nada é mais importante que você porque, se você não se der a devida atenção, ninguém vai dar. Não porque o mundo é ruim ou porque as pessoas são egoístas: porque cada um tem seus problemas e sua vida pra cuidar. Que colega te liga no meio do horário de serviço só pra perguntar se você está bem? A não ser que você teha um superamigo ou seja um caso especial, ninguém vai ligar. Se isso acontecer, tudo ficará muito mais fácil. Senão, por mais que você queira fazer as pessoas felizes, se você não estiver, a sua vida vai ser um droga! Vai parecer que nada do que você faz dá certo, você vai se arrepender de tudo, vai chorar, vai se lamentar, vai reclamar e o mundo inteiro te passará por cima feito uma boiada. Aí, sabe o que acontece depois? Você continua lá, parado, com tudo dando errado, se arrependendo de tudo, chorando, se lamentando e reclamando.

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2 opiniões sobre “Feito uma boiada

  1. Ahhh, sim! Pq o Tamaki é um ótimo conselheiro!! heuheuehuehueh

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